O cemitério dos Navios

por **O Oráculo** Dom Dez 30 2012, 11:20

O cemitério dos navios

Um local místico onde costumava estar a entada para o Templo de Poseidon. Para que este templo não fosse descoberto, o deus dos mares afundava todos os navios que passassem por ali. Tempos depois, Poseidon mudou a entrada de seu reino, mas o lugar continuou afundando navios, pela força mística na qual estava envolto. Uma vez que o navio é afundado nenhum outro mortal pode encontrá-lo.

por **Olympia Ocean** Seg maio 20 2013, 15:22

Diamonds,

--------------------Are A Girl's Best Friend, The French are glad to die for love They delight in fighting duels But I prefer a man who lives And gives expensive jewels----------------------------------------------------------

As correntes machucavam. Haviam me prendido em uma bolha de ar - porém não se engane. Ninguém conseguiria arrebentá-la, mesmo que uma âncora fosse jogada em cima dela. Forças místicas dominavam o lugar e me mantinham presa - quatro correntes se precipitavam da tal bolha, duas das laterais e duas do fundo. E elas me prendiam pelas mãos e pernas. Elas se esticavam à bel prazer da garota branca - de não mais de 10 anos -a minha frente. No momento estavam largas, o que me permitia sentar, encolhida e abraçada aos joelhos. Mas em determinados momentos elas encolhiam, me obrigavam a ficar em pé e me esticavam. Meus músculos doíam, minhas pernas tremiam. Todas as articulações do meu corpo protestavam e a garota assistia com prazer sádico. Eu fazia questão de não gritar. E também de não deixar lágrima nenhuma cair, o que só a fazia querer me ver sentindo mais dor.
E também estavam me torturando através do ar. Hora o tiravam da bolha, me deixando com falta, hora colocavam-no demais, me deixando sufocada. Eu me jogava contra a bolha, desejando ardentemente que pudesse encontrar a água. Sentia que em algum dia esse já tinha sido território de meu pai, então talvez eu tivesse alum poder sobre ela.
-Annie, chega. - ecoou uma voz. Ela me deu calafrios. Era uma voz antiga, uma voz que fazia minha espinha se arrepiar por completo. -A garota não vai fugir, pode ir.
Ela se foi. Sem questionar.
O homem me encarou por alguns segundos. Eu mal conseguia vê-lo. Se olhasse atentamente, ele desaparecia. Se olhasse de canto de olho, estaria lá. Mas sua aura de poder me fez entender de quem se tratava: Oceano. O titã que dominava os rios, mares e oceanos antes de meu pai.
Ele não costumava se envolver muito nas guerras, então provavelmente estava me mantendo presa aqui por ordem de Gaia.
Virou-se sem dizer nada e se foi.
Um plano inteligente. Me prenderam em território de meu pai, onde algum dia já havia sido a entrada para seu reino. Hoje não era mais, mas a marca mítica deixada no lugar seria suficiente para encobrir minha presença. Ou a do titã. Coisas estranhas já aconteciam antes por aqui, ninguém se aproxima. Seja deus ou mortal.
Com a esperança se esvaindo percebi que ninguém viria. Eu tinha caído em uma armadilha e provavelmente passaria muito tempo aqui - até que alguém decidisse se livrar de mim.

Passei semanas ali. Sentia saudades do meu irmão, de seu abraço, seu sorriso e das palavras de afeto que eram trocadas.
Ninguém voltava, exceto uma vez por dia, quando me traziam comida ou água. Vinha sempre molhada, mas eu conseguia secá-la. Não era exatamente boa, mas me mantinha viva. As correntes continuavam me apertando, assim como o ar continuava me torturando.
Pensei com esperança em Apolo. Fora a última pessoa com quem eu tinha tido uma conversa antes de sair... E sophie. E Alton. Mas logo em seguida minhas esperanças desapareceram. Se alguém fosse aparecer em meu auxílio, já teria vindo.

About,

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Agradeço a titia THE FOX! DO OOPS! e Flying Away from TDN pelo template! <3

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